Perspectivas teórico-metodológicas
A concepção da Plataforma Nilo Peçanha se dá a partir do reconhecimento de três perspectivas metodológicas: a construção coletiva de indicadores, o processo de recenseamento educacional e a democratização de dados públicos.
A primeira perspectiva se reconhece na abordagem dos Fóruns do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) no debate e proposição de indicadores da formação profissional e tecnológica, pesquisa e inovação, em articulação aos esforços técnicos e científicos de supervisão realizados pela Secretaria da Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC) para mobilização nacional em torno da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (RFEPCT) com os órgãos, setores e representações das políticas nacionais da Educação Profissional e Tecnológica.
A segunda perspectiva considera as características do processo de recenseamento educacional realizado pelas instituições da RFEPCT, que respondem ao Ciclo de Coleta e Validação (CCV). Esse ciclo é cuidadosamente conduzido pelas equipes de pesquisa institucional, responsáveis por manter fluxos contínuos de registro acadêmico. O fluxo permite identificar e corrigir incoerências, assegurando que os dados sejam consolidados e reflitam a realidade educacional da RFEPCT. Esse processo é conduzido por uma estrutura colaborativa que reúne diversos atores: os responsáveis pelo registro acadêmico, pesquisadores institucionais, diretores de unidades, dirigentes das instituições da RFEPCT e a Diretoria de Desenvolvimento da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e a Setec/Mec.
A terceira se dá a partir de um esforço de produção estatística, que representa um modelo semântico de dados que organiza domínios da informação por meio de artefatos, processos e produtos digitais. Este conjunto promove a democracia de dados em um ecossistema que atua a várias mãos e em estrito compromisso com a gestão baseada no conhecimento das evidências.
Neste itinerário, a capacidade de assimilar, encontrar, acessar, utilizar e reutilizar conhecimento torna-se fundante na promoção do desenvolvimento educacional e no fortalecimento da relação de confiança entre a população brasileira e o Estado.